quarta-feira, 30 de outubro de 2013

PROCEDIMENTOS QUANTO A AVALIAÇÃO (DISLEXIA)


O disléxico tem dificuldade para ler, portanto as avaliações precisam conter alguns procedimentos:

· Avaliações que contenham exclusivamente textos, sobretudo textos longos, não devem ser aplicadas a tais alunos;
· Utilize uma única fonte, simples, em toda a prova (preferencialmente “Arial 11” ou Times New Roman 12), evitando-se misturas de fontes e de tamanhos, sobretudo as manuscritas, as itálicas e as rebuscadas);
· Dê preferência a avaliações orais, através das quais, em tom de conversa, o aluno tenha a oportunidade de dizer o que sabe sobre o(s) assunto(s) em questão;
· Não indique livros para leituras paralelas. Quando necessário, proponha outras experiências que possam contribuir para o alcance dos objetivos previstos: assistir a um filme, a um documentário, a uma peça de teatro; visitar um museu, um laboratório, uma instituição, empresa ou assemelhado; recorrer a versões em quadrinhos, em animações, em programas de informática;
· Ofereça uma folha de prova limpa, sem rasuras, sem riscos ou sinais que possam confundir o leitor;
· Ao empregar questões falso-verdadeiro: construa um bom número de afirmações verdadeiras e em seguida reescreva a metade, tornando-as falsas;
· Evite o uso da negativa e também de expressões absolutas;
· Construa as afirmações com bastante clareza e, aproximadamente com a mesma extensão;
· Inclua somente uma idéia em cada afirmação; ao empregar questões de associações: Trate de um só assunto em cada questão;
· Redija cuidadosamente os itens para que o aluno não se atrapalhe com os mesmos; ao empregar questões de lacuna: Use somente um claro, no máximo dois, em cada sentença;
· Faça com que a lacuna corresponda à palavra ou expressão significativas, que envolvam conceitos e conhecimentos básicos e essenciais - também chamados de “ferramentas”, e não a detalhes secundários;
· Conserve a terminologia presente no livro adotado ou no registro feito em aula.
O disléxico tem dificuldade para entender o que lê; para decodificar o texto; para interpretar a mensagem; tende a ler e a interpretar o que ouve de maneira literal. Assim sendo,
· Utilize linguagem clara, objetiva, com termos conhecidos;
· Elabore enunciados com textos curtos, com linguagem objetiva, direta, com palavras precisas e inequívocas (sem ‘duplo’ sentido);
· Procure deixar as questões ou alternativas com a mesma extensão;
· Evite formular questões que possuem negativas;
· Trate de um só assunto em cada questão;
· Se for indispensável à utilização de um determinado texto, subdivida o original em partes (não mais do que cinco ou seis linhas cada uma);
· Divida um “grande” texto, do qual decorre uma “grande” questão, em “pequenos” textos acompanhados de suas respectivas questões;
· Recorra a símbolos, sinais, gráficos, desenhos, modelos, esquemas e assemelhados, que possam fazer referência aos conceitos trabalhados;
· Não utilize textos científicos ou literários (mormente os poéticos), que sejam densos, carregados de terminologia específica, de simbolismos, de eufemismos, de vocábulos com múltiplas conotações... para que o aluno os interprete exclusivamente a partir da leitura. Nesses casos, recorra à oralidade;
· Evite estímulos visuais ‘estranhos’ ao tema em questão;
· Em utilizando figuras, fotos, ícones ou imagens, cuidar para que haja exata correspondência entre o texto escrito e a imagem;
· Leia a prova em voz alta e, antes de iniciá-la, verifique se os alunos entenderam o que foi perguntado, se compreenderam o que se espera que seja feito (o que e como);
· Destaque claramente o texto de sua(s) respectiva(s) questão(ões).
O disléxico tem dificuldade para reconhecer e orientar-se no espaço visual.
· Observe as direções da escrita (da esquerda para a direita e de cima para baixo) em todo o corpo da avaliação.

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